Os Diálogos de Waltão
2009-12-04
2005-09-20
Ser diferente (ou Diferindo da norma)
Lendo o post de 07/08/2005 do blog da Rinoa YK, um trecho me chamou a atenção:
"Até q fui surpreendida por saber q tem gente falando mau de mim por aí, (...) por causa das minhas fotos e por eu ter deixado no meu profile do orkut q eu sou bi."
Deixei um comentário falando que um vegan, guardadas as devidas proporções, também passa por situações semelhantes; a reação de algumas pessoas pode não ser tão intensa, mas a hostilidade existe, em um padrão não muito diferente.
Pouco tempo depois, algumas coisas voltaram-me à mente.
Na época em que estudei Ergonomia (o estudo da adequação do ambiente de trabalho, de objetos etc. à biometria humana), saltou-me ainda mais aos olhos que pessoas que se encontram de algum modo afastadas da norma (o conceito estatístico; faixa de maior concentração de dado fenômeno) deparam-se com dificuldades que ou as outras pessoas não percebem ou criam/mantêm-nas (as dificuldades) deliberadamente. Para citar apenas um exemplo, canhotos (estimados em 10% da população) vêem-se forçados a se adaptar a objetos feitos para a maioria destra, como: tesoura; relógio de pulso; taco de golfe; carteira escolar; teclado alfa-numérico; a seta do mouse, no monitor.
Tenho por hábito alternar o manuseio do mouse entre a mão direita e (como neste momento) a esquerda; devo dizer que usar a mão esquerda para controlar uma seta destra é, no mínimo, estranho/esquisito. Duas outras coisas que faço -- desta vez mais co'a mãos esquerda do que co'a outra -- são usar faca (tanto a de cozinha quanto o talher) e a escova de dentes. Mas não me pretendo canhoto.
Para tomar carona em outro tema digno de discussão, tenho reparado que negros têm-se representado mais e mais em seriados (ex.: The Fresh Prince of Bel-Air/Um maluco no pedaço; Kenan & Kel), desenhos animados (ex.: Stactic Shock/Super Shock) e novelas. A propósito, a presença de núcleos negros em novelas nacionais não é exatamente recente; chama-me atenção não ter havido, ainda, um núcleo oriental -- mas isso já são outros quinhentos (meu amigo Ricardo Osiro que o diga). Retomando o lado esquerdo, qual seria a representação de canhotos na mídia? Só me ocorre Link, protagonista dos jogos "The Legend of Zelda", de Shigeru Miyamoto (da Nintendo; criador de Mario e Donkey Kong). Hmm... Doug (do desenho animado homônimo) também é canhoto.
Há uma ou duas semanas, assisti a um episódio d'Os Simpsons em que Springfield passa a celebrar casamentos gays. Pessoalmente, prefiro o termo 'união civil', por entender que 'casal' (e derivados) refere-se a dois indivíduos de sexos diferentes (ex.: Ela deu à luz um casal de gêmeos.), mas isso pode ser só meu preciosismo semântico. Curiosamente, a proposta foi feita pela Lisa, conhecida por ser vegetariana -- há, inclusive, um episódio em que ela se encontra com Paul e Linda McCartney -- e membro da Mensa -- ela se torna membro naquele episódio que tem Stephen Hawking como convidado especial.
A Mensa é uma organização civil surgida na década de 1940, na Inglaterra -- mesmo período e país de surgimento do movimento Vegan --, que tem como proposta inicial congregar pessoas que tenham percentil 98 (estar entre os 2% com score mais alto) em algum teste de inteligência. Em uma matéria de 2000, a Revista da Folha entrevistou alguns membros, perguntando sobre atividades cotidianas, facilidades e dificuldades apresentadas por ter "QI alto" (o que quer que isso signifique), habilidades, curiosidades, como fora a infância e, estereótipos dos estereótipos, se estava namorando. Para o repórter (e para o editor), ser inteligente parece ser sinônimo de inépcia sócio-afetiva -- não me lembro de essa pergunta ser feita a qualquer outro tipo de entrevistado.
Quanto a ser vegan, se não comer carne já seria o bastante para suscitar estranhamentos, imagine um tipo de vegetariano que não consome leite (e derivados) nem ovos. Agora, imagine esse vegetariano não comprando nem usando vestes de couro ou seda. Por fim, estenda essas "restrições" a qualquer coisa que contenha produtos de origem animal e você terá alguém freqüentemente alvo de perguntas e críticas as mais variadas.
Posso não ser alvo de "gente falando mau de mim por aí", mas "faço uma leve idéia de como é isso".
"Até q fui surpreendida por saber q tem gente falando mau de mim por aí, (...) por causa das minhas fotos e por eu ter deixado no meu profile do orkut q eu sou bi."
Deixei um comentário falando que um vegan, guardadas as devidas proporções, também passa por situações semelhantes; a reação de algumas pessoas pode não ser tão intensa, mas a hostilidade existe, em um padrão não muito diferente.
Pouco tempo depois, algumas coisas voltaram-me à mente.
Na época em que estudei Ergonomia (o estudo da adequação do ambiente de trabalho, de objetos etc. à biometria humana), saltou-me ainda mais aos olhos que pessoas que se encontram de algum modo afastadas da norma (o conceito estatístico; faixa de maior concentração de dado fenômeno) deparam-se com dificuldades que ou as outras pessoas não percebem ou criam/mantêm-nas (as dificuldades) deliberadamente. Para citar apenas um exemplo, canhotos (estimados em 10% da população) vêem-se forçados a se adaptar a objetos feitos para a maioria destra, como: tesoura; relógio de pulso; taco de golfe; carteira escolar; teclado alfa-numérico; a seta do mouse, no monitor.
Tenho por hábito alternar o manuseio do mouse entre a mão direita e (como neste momento) a esquerda; devo dizer que usar a mão esquerda para controlar uma seta destra é, no mínimo, estranho/esquisito. Duas outras coisas que faço -- desta vez mais co'a mãos esquerda do que co'a outra -- são usar faca (tanto a de cozinha quanto o talher) e a escova de dentes. Mas não me pretendo canhoto.
Para tomar carona em outro tema digno de discussão, tenho reparado que negros têm-se representado mais e mais em seriados (ex.: The Fresh Prince of Bel-Air/Um maluco no pedaço; Kenan & Kel), desenhos animados (ex.: Stactic Shock/Super Shock) e novelas. A propósito, a presença de núcleos negros em novelas nacionais não é exatamente recente; chama-me atenção não ter havido, ainda, um núcleo oriental -- mas isso já são outros quinhentos (meu amigo Ricardo Osiro que o diga). Retomando o lado esquerdo, qual seria a representação de canhotos na mídia? Só me ocorre Link, protagonista dos jogos "The Legend of Zelda", de Shigeru Miyamoto (da Nintendo; criador de Mario e Donkey Kong). Hmm... Doug (do desenho animado homônimo) também é canhoto.
Há uma ou duas semanas, assisti a um episódio d'Os Simpsons em que Springfield passa a celebrar casamentos gays. Pessoalmente, prefiro o termo 'união civil', por entender que 'casal' (e derivados) refere-se a dois indivíduos de sexos diferentes (ex.: Ela deu à luz um casal de gêmeos.), mas isso pode ser só meu preciosismo semântico. Curiosamente, a proposta foi feita pela Lisa, conhecida por ser vegetariana -- há, inclusive, um episódio em que ela se encontra com Paul e Linda McCartney -- e membro da Mensa -- ela se torna membro naquele episódio que tem Stephen Hawking como convidado especial.
A Mensa é uma organização civil surgida na década de 1940, na Inglaterra -- mesmo período e país de surgimento do movimento Vegan --, que tem como proposta inicial congregar pessoas que tenham percentil 98 (estar entre os 2% com score mais alto) em algum teste de inteligência. Em uma matéria de 2000, a Revista da Folha entrevistou alguns membros, perguntando sobre atividades cotidianas, facilidades e dificuldades apresentadas por ter "QI alto" (o que quer que isso signifique), habilidades, curiosidades, como fora a infância e, estereótipos dos estereótipos, se estava namorando. Para o repórter (e para o editor), ser inteligente parece ser sinônimo de inépcia sócio-afetiva -- não me lembro de essa pergunta ser feita a qualquer outro tipo de entrevistado.
Quanto a ser vegan, se não comer carne já seria o bastante para suscitar estranhamentos, imagine um tipo de vegetariano que não consome leite (e derivados) nem ovos. Agora, imagine esse vegetariano não comprando nem usando vestes de couro ou seda. Por fim, estenda essas "restrições" a qualquer coisa que contenha produtos de origem animal e você terá alguém freqüentemente alvo de perguntas e críticas as mais variadas.
Posso não ser alvo de "gente falando mau de mim por aí", mas "faço uma leve idéia de como é isso".
2004-11-04
Aspirante a Mestre Pokémon
Este treinamento ainda me mata -- de susto e de desgosto; só não de rir; talvez de fome. Hoje descobri quão complicado pode ser solicitar trancamento e/ou prorrogação.
E, ainda por cima, vêm-nos (aos pós-graduandos) com novas regras -- co'a partida em andamento, diga-se. Não bastasse terem reduzido em um ano o prazo para conclusão, agora teremos de efetuar o Exame de Qualificação com seis meses de antecedência -- antecedência a quê, exatamente, não se nos explica. No meu caso, como restam menos de seis meses para o término do prazo do Mestrado, terei de cumprir a Qualificação até 31 de dezembro. Juntem-se a isso as desventuras vivenciadas a cada pedido de bolsa e teremos algo maior do que a soma das partes.
Cheguei, em incontáveis ocasiões, a considerar a desistência como saída única e inequívoca -- um suicídio acadêmico. Agora, neste momento em que aflora minha faceta irascível, chamo a mim a Razão, para que me traga de volta à fleuma e me permita refletir sobre os acontecimentos recentes.
Talvez a ira seja a cura panacéica que procuram os descontentes, os desmotivados e os desejosos por vingança. Entretanto, contra aceitar tal resolução posto-me desde já veemente. Não me quero deixar vencer pelo torpor inebriante, que, tomando-me de assalto, ações, atitudes e decisões guia.
Não quero amaldiçoar um dia a menos no prazo que me oprime; quero poder acordar e ouvir nos pássaros cantantes as boas-vindas a mais um dia. Não quero ter de escrever para cumprir metas de produtividade; quero poder verdades descobertas e mentiras pueris expressar como quem conta fábulas a uma platéia atenta e desejosa por novas -- ainda que sempre antigas -- historietas. Não quero ter de dormir armado e entrincheirado contra pesadelos certos a afligir; quero poder em sonhos reviver o que em vigília me concede razões nesta noite para sonhar e na seguinte manhã para despertar. Para ouvir trinados. Para contar aventuras. Para ansiar por novos-antigos devaneios.
Mas faço esta (e não aquela) escolha não porque aspiro, solo, a algo melhor. O mérito cabe a quem nos inspira a almejar sempre mais, trazendo à tona o que de melhor temos, mostrando-nos quão melhores podemos ser. Pois mesmo em um dia fustigado por tormentas atrozes, pode haver um átimo de contentamento quase a passar despercebido. Não quero ter de guardar mágoas e rancores; quero poder em meu íntimo manter o que de melhor tenha-me acontecido.
(da série Mens Sana)
E, ainda por cima, vêm-nos (aos pós-graduandos) com novas regras -- co'a partida em andamento, diga-se. Não bastasse terem reduzido em um ano o prazo para conclusão, agora teremos de efetuar o Exame de Qualificação com seis meses de antecedência -- antecedência a quê, exatamente, não se nos explica. No meu caso, como restam menos de seis meses para o término do prazo do Mestrado, terei de cumprir a Qualificação até 31 de dezembro. Juntem-se a isso as desventuras vivenciadas a cada pedido de bolsa e teremos algo maior do que a soma das partes.
Cheguei, em incontáveis ocasiões, a considerar a desistência como saída única e inequívoca -- um suicídio acadêmico. Agora, neste momento em que aflora minha faceta irascível, chamo a mim a Razão, para que me traga de volta à fleuma e me permita refletir sobre os acontecimentos recentes.
Talvez a ira seja a cura panacéica que procuram os descontentes, os desmotivados e os desejosos por vingança. Entretanto, contra aceitar tal resolução posto-me desde já veemente. Não me quero deixar vencer pelo torpor inebriante, que, tomando-me de assalto, ações, atitudes e decisões guia.
Não quero amaldiçoar um dia a menos no prazo que me oprime; quero poder acordar e ouvir nos pássaros cantantes as boas-vindas a mais um dia. Não quero ter de escrever para cumprir metas de produtividade; quero poder verdades descobertas e mentiras pueris expressar como quem conta fábulas a uma platéia atenta e desejosa por novas -- ainda que sempre antigas -- historietas. Não quero ter de dormir armado e entrincheirado contra pesadelos certos a afligir; quero poder em sonhos reviver o que em vigília me concede razões nesta noite para sonhar e na seguinte manhã para despertar. Para ouvir trinados. Para contar aventuras. Para ansiar por novos-antigos devaneios.
Mas faço esta (e não aquela) escolha não porque aspiro, solo, a algo melhor. O mérito cabe a quem nos inspira a almejar sempre mais, trazendo à tona o que de melhor temos, mostrando-nos quão melhores podemos ser. Pois mesmo em um dia fustigado por tormentas atrozes, pode haver um átimo de contentamento quase a passar despercebido. Não quero ter de guardar mágoas e rancores; quero poder em meu íntimo manter o que de melhor tenha-me acontecido.
"A beleza cria, desperta e favorece gáudias horas, instantes jamais lamentados, mormente não olvidando poder quiçá ruir, subitamente, toda uma vida."(Da aparência e da beleza, 2004-11-03)
(da série Mens Sana)
2004-11-03
Da aparência e da beleza
Quando me perguntam se considero tal ou qual pessoa bonita, duas respostas possíveis: no que tange à aparência, costumo não muito fugir ao que ora se estabelece como 'bonito' -- tenho cá meus gostos e minhas predileções, mas nada que do comum difira; no que concerne à beleza, diverso talvez seja o modo de pensar.
·a aparência seria o que com olhos vemos, com ouvidos escutamos, com mãos tocamos -- tudo quanto se possa registrar ou perceber por meios outros que não os da empatia e da intelecção;
·a beleza é o que admiramos, o que vislumbramos além do externo -- aquilo que sem palavras apreendemos.
·a aparência seria o doce que com formas e cores, odores e sabores, nos convida, nos atrai, nos seduz -- e, efêmero, vai-se;
·a beleza seria o que sabemos nos nutrir, o que sobrevive àqueles breves instantes de degustação -- e subsiste.
·a aparência, nós a observamos dia após dia, tornando em comum o incomum;
·a beleza, cada um de nós em seu íntimo saberá quando a tiver encontrado.
·a aparência gera sensações, valendo-se de opiniões e adulações;
·a beleza traz à tona o que de melhor temos, mostrando-nos quão melhores podemos ser.
·a aparência apela para o que há de primitivo em nós, incitando-nos a desejar sempre mais;
·a beleza perscruta nossa essência, inspirando-nos a almejar sempre mais.
·a aparência agrada, apraz, acalma ânimos;
·a beleza cria, desperta e favorece gáudias horas, instantes jamais lamentados, mormente não olvidando poder quiçá ruir, subitamente, toda uma vida.
Na efemeridade de cada existência, a elaborada aparência na fugacidade do tempo perece, enquanto a beleza, simples, permanece. Findo o dia presente, teremos em conta inumeráveis aparências de que nos lembrarmos; a seu próprio passo, afortunado quem, ao fim da vida, não puder contar em ambas as mãos as pessoas de real beleza.
A aparência pode carecer de um cerne que a verdadeiramente sustente, mas suplanta quaisquer figuras a beleza verdadeira.
···---···
Nem em todas as quimeras jamais imaginadas, nem mesmo em todos os devaneios jamais sonhados, nem sequer na mais sublime arte jamais criada, forma alguma elaborou-se que moldasse amálgama de aparência e beleza. Ainda assim, ela existe.
Ainda que imaginar nada me custe, a sonhar prefiro a realidade que no cotidiano enfrento, pois criação alguma poderá jamais se comparar ao sorriso que me cativa, à voz que me encanta, à existência que me anima. Que exponham escultores as mais áureas formas. Que escrevam poetas os mais inspirados versos. Que cultive a Natureza as mais vicejantes rosas. Nada se lhe compara.
(das séries Mens Sana e Muito Além do Jardim)
Editado em 2004-11-07:
·Parágrafo "A aparência pode carecer (...)" deslocado da segunda para a antepenúltima posição.
Editado em 2004-11-04:
·Em "·a beleza cria, desperta e favorece (...)", palavra 'mesmo' substituída por 'mormente'.
·a aparência seria o que com olhos vemos, com ouvidos escutamos, com mãos tocamos -- tudo quanto se possa registrar ou perceber por meios outros que não os da empatia e da intelecção;
·a beleza é o que admiramos, o que vislumbramos além do externo -- aquilo que sem palavras apreendemos.
·a aparência seria o doce que com formas e cores, odores e sabores, nos convida, nos atrai, nos seduz -- e, efêmero, vai-se;
·a beleza seria o que sabemos nos nutrir, o que sobrevive àqueles breves instantes de degustação -- e subsiste.
·a aparência, nós a observamos dia após dia, tornando em comum o incomum;
·a beleza, cada um de nós em seu íntimo saberá quando a tiver encontrado.
·a aparência gera sensações, valendo-se de opiniões e adulações;
·a beleza traz à tona o que de melhor temos, mostrando-nos quão melhores podemos ser.
·a aparência apela para o que há de primitivo em nós, incitando-nos a desejar sempre mais;
·a beleza perscruta nossa essência, inspirando-nos a almejar sempre mais.
·a aparência agrada, apraz, acalma ânimos;
·a beleza cria, desperta e favorece gáudias horas, instantes jamais lamentados, mormente não olvidando poder quiçá ruir, subitamente, toda uma vida.
Na efemeridade de cada existência, a elaborada aparência na fugacidade do tempo perece, enquanto a beleza, simples, permanece. Findo o dia presente, teremos em conta inumeráveis aparências de que nos lembrarmos; a seu próprio passo, afortunado quem, ao fim da vida, não puder contar em ambas as mãos as pessoas de real beleza.
A aparência pode carecer de um cerne que a verdadeiramente sustente, mas suplanta quaisquer figuras a beleza verdadeira.
···---···
Nem em todas as quimeras jamais imaginadas, nem mesmo em todos os devaneios jamais sonhados, nem sequer na mais sublime arte jamais criada, forma alguma elaborou-se que moldasse amálgama de aparência e beleza. Ainda assim, ela existe.
Ainda que imaginar nada me custe, a sonhar prefiro a realidade que no cotidiano enfrento, pois criação alguma poderá jamais se comparar ao sorriso que me cativa, à voz que me encanta, à existência que me anima. Que exponham escultores as mais áureas formas. Que escrevam poetas os mais inspirados versos. Que cultive a Natureza as mais vicejantes rosas. Nada se lhe compara.
(das séries Mens Sana e Muito Além do Jardim)
Editado em 2004-11-07:
·Parágrafo "A aparência pode carecer (...)" deslocado da segunda para a antepenúltima posição.
Editado em 2004-11-04:
·Em "·a beleza cria, desperta e favorece (...)", palavra 'mesmo' substituída por 'mormente'.
Receita para um desastre ao chão
Ingredientes:
·500ml de suco de laranja;
·um copázio mal-posicionado;
·um cotovelo desatento.
Modo de preparo:
Esbarrar de leve e deixar a gravidade agir por uma fração de segundo.
·500ml de suco de laranja;
·um copázio mal-posicionado;
·um cotovelo desatento.
Modo de preparo:
Esbarrar de leve e deixar a gravidade agir por uma fração de segundo.
Dois breves silogismos
▷ uma expectativa baseia-se em impressões
▷ impressões são falseáveis
▶ ela deve manter-se inerte
▷ uma vontade baseia-se em desejos
▷ desejos são enviesados
▶ ela deve manter-se sob jugo
(da série Mens Sana)
▷ impressões são falseáveis
▶ ela deve manter-se inerte
▷ uma vontade baseia-se em desejos
▷ desejos são enviesados
▶ ela deve manter-se sob jugo
(da série Mens Sana)
2004-11-01
Um padawan no quintal de casa
Ontem, noite última octobriana, data estadunidense de celebração herética, algumas crianças, lideradas por uma adulta, aportaram à soleira de minha residência. Mas conto essa história outra hora.
Ontem consegui capturar uma imagem de meu desktop -- Ronoc, a tecla PrintScreen estava mesmo fora de lugar -- e finalmente tirá-la do programa que estava usando -- ele não exporta para formatos de imagem (só para vídeo). Bom, o resultado vocês podem conferir logo abaixo...
...
Carambolas! Que compliqueira colocar imagens no blog!
Bom, mas o resultado vocês podem ver no meu álbum do orkut, em "Mr. Junko e seus dois sabres de luz".
Agora, o que realmente estava a me fazer queimar as pestanas era um tal de rotoscoping. Para quem conhece Star Wars (antigamente conhecido como Guerra nas Estrelas -- não confundir com Jornada nas Estrelas!), rotoscoping consiste na técnica que permite criar na tela os sabres de luz -- "Uma arma elegante, para tempos mais civilizados" (Obi-Wan Kenobi).
Digladiava-se Walter co'a ferramenta chamada After Effects, da Adobe. Os tutoriais na web encontrados ensinaram-lhe como criar as lâminas de luz -- como o Mr. Junko acima pode confirmar --, mas não como animá-las, istoé, como dar-lhes vida num filme. Pois bem, eis que hoje, do meio para o final da tarde, logra êxito Walter em sua empreitada. O resultado vocês podem conferir logo ab... Hmm...
Bem, retomando... Quem quiser assistir aos 5s do vídeo-demo pode deixar um comentário (com email) e Walter enviará -- totalmente grátis! -- o arquivo .MOV de 1MB. Mas não é só! Comentando agora, você também levará -- totalmente grátis! -- um arquivo .JPG de Mr. Junko e seus dois sabres de luz. UAU! Não é demais? :D
Em tempo, o 'padawan' do título refere-se ao termo utilizado para designar os aprendizes de Jedi. Então, despeço-me agora e volto já a Dagobah, para completar meu treinamento.
Que a Força esteja convosco!
P.S.: Opa! Descobri como exportar imagens no AfterEffects :)
Ontem consegui capturar uma imagem de meu desktop -- Ronoc, a tecla PrintScreen estava mesmo fora de lugar -- e finalmente tirá-la do programa que estava usando -- ele não exporta para formatos de imagem (só para vídeo). Bom, o resultado vocês podem conferir logo abaixo...
...
Carambolas! Que compliqueira colocar imagens no blog!
Bom, mas o resultado vocês podem ver no meu álbum do orkut, em "Mr. Junko e seus dois sabres de luz".
Agora, o que realmente estava a me fazer queimar as pestanas era um tal de rotoscoping. Para quem conhece Star Wars (antigamente conhecido como Guerra nas Estrelas -- não confundir com Jornada nas Estrelas!), rotoscoping consiste na técnica que permite criar na tela os sabres de luz -- "Uma arma elegante, para tempos mais civilizados" (Obi-Wan Kenobi).
Digladiava-se Walter co'a ferramenta chamada After Effects, da Adobe. Os tutoriais na web encontrados ensinaram-lhe como criar as lâminas de luz -- como o Mr. Junko acima pode confirmar --, mas não como animá-las, istoé, como dar-lhes vida num filme. Pois bem, eis que hoje, do meio para o final da tarde, logra êxito Walter em sua empreitada. O resultado vocês podem conferir logo ab... Hmm...
Bem, retomando... Quem quiser assistir aos 5s do vídeo-demo pode deixar um comentário (com email) e Walter enviará -- totalmente grátis! -- o arquivo .MOV de 1MB. Mas não é só! Comentando agora, você também levará -- totalmente grátis! -- um arquivo .JPG de Mr. Junko e seus dois sabres de luz. UAU! Não é demais? :D
Em tempo, o 'padawan' do título refere-se ao termo utilizado para designar os aprendizes de Jedi. Então, despeço-me agora e volto já a Dagobah, para completar meu treinamento.
Que a Força esteja convosco!
P.S.: Opa! Descobri como exportar imagens no AfterEffects :)
2004-10-30
Acho que... (II)
Walter: ...o sistema de ficheiros deve arquivar os posts de outubro de amanhã para depois. Melhor esperar para postar coisas novas, pois nunca se sabe o chabu que pode dar.
Malter: Que ser isso? Lei da mordaça? Essa é uma desculpa elaborada com claro intuito: não nos querem deixar expressar pensamentos e palavras com liberdade. E digo mais! Eu mesmo já...
Walter: Olha, uma lagartixa!
Malter: Hein! Cadê? Onde foi q... hmpf! hmF!! HMMmmmPf!!!
Malter: Que ser isso? Lei da mordaça? Essa é uma desculpa elaborada com claro intuito: não nos querem deixar expressar pensamentos e palavras com liberdade. E digo mais! Eu mesmo já...
Walter: Olha, uma lagartixa!
Malter: Hein! Cadê? Onde foi q... hmpf! hmF!! HMMmmmPf!!!